terça-feira, 2 de agosto de 2011

A Força - Visualização

A Força

A carta de hoje é a Força.

Em destaque a donzela com ar puro, as vestes brancas e as flores a adornar as mesmas vestes simples. Não há sinal de sangue.

A personagem tem um ar calmo e não parece estar a precisar de fazer muita força. Tem as mãos com delicadeza a fechar a boca do leão. 

O leão tem o dorso arqueado e as patas no chão o que neste momento me mostra submissão.
A língua de fora até parece que lhe está a fazer uma carícia no braço. 
A cauda do leão está recolhida o que também é sinal de submissão entre animais. É dar-se por vencido.

Serão o leão e dama companheiros de viagem? O sinal de infinito encontra-se em cima da cabeça dela. Ou são companheiros de jornada ou o confronto entre os dois é constante.

Neste momento parece-me que a donzela está a ganhar ao leão, ou este está a deixá-la ganhar. A cor branca das vestes dela fazem lembrar pureza e a do leão fogo.

Poderá ela representar a racionalidade de uma situação e ele o instinto? A racionalidade versus instinto em cada decisão da nossa vida, da nossa caminhada.


Ás de Ouros - Visualização

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Quatro de Copas - Visualização

Quatro de Copas

De facto é assim que me sinto hoje. Apática, aborrecida. Com vontade de me isolar.

As coisas más saltam à vista. Hoje não consigo ver muita coisa positiva. Sinto-me introspectiva, com pouca vontade de ver e falar com pessoas.

O dia está estranho, o Sol não aparece. Reparo em tudo à minha volta, o pombo na rua com a cauda ferida, uma pessoa triste...

Só quero estar sozinha, deixar este momento passar. Porque passa sempre. Sinto-me farta e cheia do mundo. Dos ruídos, das vozes. Preciso de espaço para mim. Para digerir.



quarta-feira, 27 de julho de 2011

Ás de Paus - Visualização

Ás de Paus

Esta mão que surge não se sabe bem de onde, envolta no que parece ser uma nuvem. Virá do Céu?

Há algo de misterioso nesta mão que não mostra a cara.

Oferece-nos uma oportunidade, ou mostra-nos a existência de uma oportunidade.

E nada é desenhado por acaso. Logo segundo este conceito de que nada é por acaso ressalta à vista uma colina lá ao fundo. E no topo dessa colina está um castelo. Passa um rio lá perto e existem árvores.

Terreno fértil.

Parece um local cheio de vida. Será esse o nosso destino? Será esse o caminho que a entidade que nos oferece este pau quer que vejamos?

Não é um pau qualquer de madeira morta e separada da sua árvore. É algo novo. Uma estaca que tem pequenos rebentos.

Quem sabe tudo o que precisamos fazer é seguir o caminho até ao castelo, plantar a estaca e deixar que esta crie raízes.

Um novo projecto que nos é oferecido a querer florescer. A querer viver. E tudo o que temos a fazer é aceitá-lo da mão misteriosa, levá-lo connosco, plantá-lo, regá-lo, cuidar dele e ver o resultado!

terça-feira, 26 de julho de 2011

Cavaleiro de Paus - Visualização

Cavaleiro de Paus

As pirâmides fizeram-me de imediato pensar nas pirâmides do Egipto e em toda a carga de mistério e de grandeza que há em relação a estas. A paisagem parece de facto ser um deserto.

Um deserto abrasador. Toda esta carta emite calor e energia até ao extremo.

O cavalo corre desenfreadamente montado pelo seu cavaleiro. Ambos parecem envoltos em fogo. A crina do cavalo assemelha-se a chamas, assim como o capacete do cavaleiro e assim como as suas roupas.

É como se estivessem em fogo a correr em direcção a um destino. Sem olhar para trás, sem olhar para os lados. Simplesmente focados na meta, no seu objectivo. Eles são um e o destino é o seu objectivo final.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Cinco de Copas - visualização

Cinco de Copas

O negro da capa chama-me logo a atenção para a personagem central desta carta. Ela está de luto.

Algo se perdeu com essas três taças entornadas. Antes de seguir em frente e tomar atenção às duas taças que continuam intactas atrás de si, é preciso dar um tempo a si mesmo para chorar o que foi perdido. O periodo de luto é essencial e sem o viver não é possível seguir em frente de forma calma e organizada.

Aqui não se pede que siga em frente e olhe para as duas taças que restam. Aqui pede-se que pare um pouco no tempo e tome atenção ao que perdeu, pensar no que se perdeu, entender o que aconteceu.

O rio a correr vem reforçar esta ideia de deixar as águas passar. Deixar correr. É um momento de introspecção. Um momento de viver a dor.

E só depois prosseguir.

Rei de Ouros - visualização

Sinto-me imponente com estas vestes em cima da minha armadura.

Sinto-me como um rei que veio de uma luta e que venceu. Ponho o pé com força em cima desta cabeça simbólica da minha vitória. Sinto-me invencível.

Alguma arrogância corre nas minhas veias e algum sentimento de superioridade. Quero que todos me admirem e vejam como sou invencível. Não vejo neste momento as minhas fraquezas. Penso que elas não existem.

Cuidado... Cuidado para não seres demasiado ciente dos teus feitos de forma a que percas a humildade. Todo aquele que se acha invencível baixa a guarda e aí está a sua fraqueza e é por aí que será atacado.

Apoia-te em valores dignos porque senão tornar-te-ás uma pessoa intolerante para contigo e para com os outros. E isso não é o caminho para o topo.

domingo, 24 de julho de 2011

Rei de Ouros

A primeira imagem que chama a atenção nesta carta neste momento específico é o pé que esmaga o que parece ser uma cabeça.

O manto tem desenhos de uvas e parra que também figuram na carta anterior (Quatro de Paus), mas por baixo desse manto adivinha-se uma armadura de guerra, a qual se vê no pé e perna que esmagam a cabeça. Que dominam a cabeça. Aparenta ser a cabeça de um animal selvagem.

Ele está sentado num trono, o que indica que tem influência. O mesmo está coberto de várias cabeças, quem sabe troféus de outras conquistas.

A sua expressão facial demonstra conhecimento e domínio e alguma altivez.

 Ele está seguro de que paralisou e dominou o que quer que seja que está debaixo do seu pé. O pé em cima da cabeça diz-me que ele não só dominou anteriormente como domina no presente.

É algo que não acabou, que se prolonga, mas que está sob o seu domínio.

A palavra chave aqui é domínio.

As habitações lá ao fundo são também muito semelhantes à carta anterior (Quatro de paus), mas numa perspectiva de quem está no interior e não no exterior das muralhas.

Quatro de Paus - visualização

Aproximo-me da entrada. Visto uma pesada armadura de combate. O meu corpo é o de um guerreiro muito forte. Carrego o meu escudo e espada.

Quando passo a entrada volto a ter o meu corpo e visto um vestido roxo muito leve e umas sandálias. E sinto-me muito leve. Quase como se flutuasse ao andar. Caem folhas verdes da entrada em cima de mim quando entro.

Abraço as duas pessoas que me esperam. A primeira está muito feliz. A outra está receosa. Temos assuntos pendentes para falar. Mas agora quero é descansar. Passo discretamente pela festa que está a acontecer e vou para casa onde sou recebida de forma calma. Eles sabem e confiam em mim quanto ao resultado desta jornada.

Assim deito-me na minha cama e adormeço.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Quatro de Paus

Esta carta faz-me sentir, neste momento, como uma viajante que esteve fora algum tempo (indeterminado) e que agora regressa a casa. A casa ou a um dos sítios onde já viveu antes.

É o regresso de uma jornada.

O que se destaca em primeiro lugar são as quatro estacas que estrategicamente parecem se encontrar posicionadas como uma portal. Um portal de entrada para este local.

Uma porta para receber visitantes de forma pomposa.

Parece haver uma festa e muita abundância. Será para me receber? As estacas estão enfeitadas com o que parecem ser uvas e parra. O que indica que é Primavera ou Verão.

Época de colheitas.

O segundo aspecto que sobressai da carta são as duas pessoas que parecem acenar, ambas em sinal de reconhecimento.

A da esquerda acena com os dois braços no ar, segurando as parras e uvas. A segunda acena só com uma mão.

A primeira personagem está de frente e a sua linguagem corporal indica que está francamente contente por me ver. A segunda personagem já está a olhar quase para o chão e numa posição de embaraço. Não parece tão feliz pela chegada como a primeira.

Personagem 1 como parte de mim: Feliz com o fim da jornada e regresso.

Personagem 2 como parte de mim: Receosa com as implicações do regresso.

Lá atrás estão os edifícios, o mundo que eu conheço. Está tudo na mesma, nada se destaca para além dos preparos da festa.

Mas quem regressa já não é o mesmo.

Os símbolos/personagens das cartas

Cheguei recentemente a uma conclusão:

Cada carta que tiro para que fale comigo, expressa-se através de alguns dos símbolos que apresenta, mas todos esses símbolos ou personagens transmitem-me também paralelamente que cada um deles é uma parte de mim mesma.

Ou seja, cada um deles que fala comigo é uma parte de mim que fala. Todos nós por vezes discutimos ideias internamente connosco mesmos, o que significa que nem sempre estamos de acordo connosco mesmos! Dividimo-nos na opinião. É a tal balança dos prós e contras por exemplo.

O que faz sentido na medida em que o Tarot faz ligação com o nosso íntimo, é uma ligação entre nós e a matéria, neste caso, cartas com símbolos.

Normalmente numa leitura não costumo ter esta sensação, mas neste caso tenho sentido isso. Senti-o com o Sol e com a carta de que vou falar no post seguinte!


quinta-feira, 21 de julho de 2011

O Sol - visualização

Esta visualização que vou descrever tem enfoque nas mensagens que me foram transmitidas pela carta e das quais falo no post anterior.

Ontem quando fui dormir lembrei-me dos insights que tinha tido com esta carta e começei a meditar sobre ela.

Imaginei-me dentro do cenário. Pés descalços, deitada na relva a sentir a relva fresca. Deixei-me levar.
O meu corpo tornou-se cinzas e parte da relva ao meu lado, mas sem fogo.

Existia agora no meu corpo de criança. O cavalo estava ali perto. Montei o cavalo que no início estava calmo, mas depois ficou agitado. Eu não percebia porquê. Tinha a ver com o Sol que estava muito quente e grande. Parecia que ardia só para cima de mim.

Como estava mais alta, conseguia olhar para lá do muro (e os girassóis também se tinham desfeito em cinzas e desaparecido) mas o Sol estava tão forte que só via prateado e não conseguia distingir nada.

O muro e o cavalo desfizeram-se e fiquei perante o que havia para além do muro. Que não sei  o que era pois acho que adormeci nesta parte! Pouco conveniente! :D

O Sol - uma mensagem específica

Há pouco tempo eu tava a falar de tarot a um amigo e quis lhe dar um exemplo de como eu gosto de ler as cartas e aconteceu uma coisa curiosa. A carta falou comigo…

Tarot de Rider Waite.

Escolhi deliberadamente a carta Sol (terá sido mesmo deliberadamente ou meu insconsciente a querer passar mensagem?).

Comecei a explicar para o meu amigo como costumo fazer e então a carta começou a falar comigo e percebi que ela tinha uma mensagem para mim nesse exacto momento!

E comecei a reparar que o cavalo estava de cabeça baixa triste.
Notei também que o cavalo era da cor do muro. O cavalo encontrava-se desanimado enquanto o menino estava feliz.

Os símbolos iam falando comigo como um filme animado onde cada um se ia destacando conforme eu olhava mais para carta.

O cavalo pareceu-me ser a minha parte adulta e o menino a minha inocência, reparem que ele está nú mas não sente vergonha disso. Inocência.

A bandeira surgiu-me como um objectivo do menino.

O Sol olhava para mim. Os girassóis olhavam para mim. Os girassóis SEMPRE estão virados para o Sol e não estavam. Aliás, tirando o cavalo todos me encaravam em tom de desafio.

Então eu percebi. Parte de mim tinha medo (cavalo) do desafio, mas parte de mim (menino) queria ir à luta. saltar o muro, ver o que há para além do muro. Será um campo de girassóis? O Sol brilha lá… O Sol é gigantesco nesta carta.

Basta colocar uma questão, olhar para a carta e esperar que se mostre. Que ponha em relevo a resposta!

O início

Decidi começar este blog por uma razão muito simples: necessidade de estar em contacto com o Tarot.

Começei a lidar com o Tarot há quatro anos.

O meu segundo baralho comprado é o Rider Waite. Já há muito tempo que não lido com ele. É o meu principal.

Um amigo meu tem um blog de tarot (hei-de postar o link aqui!) e um dia destes a ver um dos seus vídeos em que ele mostrava um Tarot Rider Waite novinho em folha começei a sentir saudades do meu baralho de Tarot Rider Waite.

Fui buscar as cartas.

Senti saudades delas, de ver as imagens, de as ler, de lhes tocar.

Nesse momento senti as cartas como uma parte de mim mesma. Uma parte com sentimentos, com coração. E senti que por mais tempo que passasse estaria sempre ligada a elas...

E pensei... estou a abandonar uma parte de mim mesma!