sexta-feira, 22 de julho de 2011

Quatro de Paus

Esta carta faz-me sentir, neste momento, como uma viajante que esteve fora algum tempo (indeterminado) e que agora regressa a casa. A casa ou a um dos sítios onde já viveu antes.

É o regresso de uma jornada.

O que se destaca em primeiro lugar são as quatro estacas que estrategicamente parecem se encontrar posicionadas como uma portal. Um portal de entrada para este local.

Uma porta para receber visitantes de forma pomposa.

Parece haver uma festa e muita abundância. Será para me receber? As estacas estão enfeitadas com o que parecem ser uvas e parra. O que indica que é Primavera ou Verão.

Época de colheitas.

O segundo aspecto que sobressai da carta são as duas pessoas que parecem acenar, ambas em sinal de reconhecimento.

A da esquerda acena com os dois braços no ar, segurando as parras e uvas. A segunda acena só com uma mão.

A primeira personagem está de frente e a sua linguagem corporal indica que está francamente contente por me ver. A segunda personagem já está a olhar quase para o chão e numa posição de embaraço. Não parece tão feliz pela chegada como a primeira.

Personagem 1 como parte de mim: Feliz com o fim da jornada e regresso.

Personagem 2 como parte de mim: Receosa com as implicações do regresso.

Lá atrás estão os edifícios, o mundo que eu conheço. Está tudo na mesma, nada se destaca para além dos preparos da festa.

Mas quem regressa já não é o mesmo.

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